segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

ESTUDANTE DE MEDICINA É EXPULSO POR FRAUDAR SISTEMA DE COTAS


Marcelo Camargo/ABr


BRASÍLIA - Um aluno que fraudou o vestibular de medicina da Universidade Estadual do Rio de Janeiro-UERJ foi expulso da instituição e ainda pode responder na justiça pelo crime. A fraude no sistema de cotas sociais foi identificada ao final de 2013, com base na denúncia de colegas do próprio curso. É o primeiro caso do tipo na UERJ, desde a criação de ações afirmativas há 12 anos.
De acordo com o Reitor da Universidade, Ricardo Vieiralves, o jovem de classe média alta fraudou a declaração de renda familiar. Falsificou documentos para comprovar filiação a uma pessoa com renda de cerca de R$ 1 mil. No entanto, foi descoberto por colegas, que desconfiaram do padrão de vida do estudante, que cursava o segundo período de medicina.
"As marcas das condições cultural e econômica, um dia, elas se revela. Os estudantes ficam com medo de denunciar em um primeiro momento, porque ninguém quer ser dedo-duro, mas para preservar a lei, o sistema, é necessário denunciar as fraudes", explicou o Reitor da UERJ, em entrevista à TV Brasil. Segundo ele, o ex-aluno foi denunciado por uma situação de clara injustiça em relação aos demais.
A UERJ investiga mais nove denúncias semelhantes, de fraudes em cotas para o vestibular. A universidade reserva vagas com base na combinação de critérios econômicos e de raça, além de assegurar o ingresso de filhos de policiais e bombeiros mortos em serviço.
A denúncia sobre a fraude foi encaminhada pela UERJ ao Ministério Público Estadual e à Polícia Civil, por isso o ex-aluno corre o risco de responder a processo penal. "A fraude que esse menino provocou não foi apenas de falsificação, causou prejuízo para outras pessoas", reforçou Vieiralves. Para ele, a Justiça pode levar esse aspecto como agravante.
Caso condenado, o jovem não poderá prestar vestibular para instituição pública nem assumir cargo no governo. A UERJ também fica impedida de fornecer documentos que permitam a transferência dele para outra faculdade, o que exige que ele preste novo vestibular.

Fonte: www.bol.com.br

Por Rubem Tadeu - Presidente da AFAMA
rtcastroalves@bol.com.br


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