sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Ufam desenvolve bactéria para despoluir os rios da Amazônia e é premiada com medalha de ouro em Boston (EUA)

Equipe da UFAM é premiada nos Estados Unidos pelo projeto de Biologia Sintética
Estudantes de Biotecnologia e Ciências Biológicas defenderam a UFAM na competição de genética que envolveu instituições renomadas como Havard, Oxford, Cambrigde e MIT


MANAUS - Durante cinco dias, estudantes de todas as partes do mundo se reuniram no Hynes Convention Center, em Boston, para uma das mais importantes competições acadêmicas de biologia sintética, o iGEM - sigla em inglês para Competição Internacional de Máquinas Geneticamente Modificadas -. Foram mais de 2.300 estudantes de graduação, mestrado e doutorado vindos de instituições do mundo inteiro, entre elas Harvard, Oxford, Cambrigde, MIT e Universidade Federal do Amazonas.
O Amazonas foi representado pelas estudantes Paloma Fernandes, a mestranda Laís Gomes, e, Luna Lacerda, recentemente graduada em Biotecnologia pela Ufam. Luna acredita que a poluição dos rios pelo mercúrio além de um problema regional muito sério é também uma questão mundial. "Temas relacionados à Amazônia ganham destaque lá fora, o nosso projeto se mostrou útil e inovador, nos levando até a medalha de ouro", pontuou a jovem manauara de 24 anos, que deve seguir para o doutorado na Europa em 2015.
O professor de Engenharia Genética, Carlos Gustavo Nunes, orientador do projeto que envolveu 15 estudantes no laboratório da Ufam explica que o sistema, além de detectar e colher, também elimina o mercúrio inserido nos rios. "Em lugares onde há grandes níveis de mercúrio, existe a possibilidade de contaminação, e isso pode ser danoso para as populações ribeirinhas, visto que o excesso de mercúrio no organismo pode comprometer órgãos vitais como cérebro, rins e fígado". O tutor também destacou o apoio da Universidade Federal do Amazonas e da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável - SDS, no custeio das passagens.
A Ufam, sendo a única instituição brasileira a receber medalha de ouro na competição, consolida-se internacionalmente como importante centro de pesquisas na área da Biologia Sintética. Universidades brasileiras como USP, UNESP e UFMG também participaram do evento.




SOBRE O iGEM

A competição é voltada para a Biologia Sintética, que nada mais é que a reprogramação de seres vivos para fins úteis. O evento teve início no renomado MIT - Instituto Tecnológico de Massachusetts -  e neste ano aconteceu nos dias 30 de outubro a 3 de novembro, na cidade americana de Boston. O iGEM mistura ciência de ponta e juventude.
A idade máxima entre os estudantes é de 25 anos, e, segundo o professor Carlos Gustavo, o caráter competitivo do evento é pouco observado, pois as equipes interagem colaborando mutuamente em seus projetos independente das diferenças geográficas e culturais, criando um ambiente científico respeitoso e cooperativo.

Fonte: www.acritica.com.br

Por Rubem Tadeu - Presidente da AFAMA
rtcastroalves@bol.com.br

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