quarta-feira, 3 de junho de 2015

Tragédia com helicóptero: corpos serão levados para Brasília, onde passarão por exame de DNA


Pedaços dos corpos chegaram ao aeroporto em um único saco e foram levados para o Hospital de Guarnição de Tabatinga


ATALAIA DO NORTE - Os corpos das vítimas do acidente com um helicóptero em Atalaia do Norte, resgatados na tarde desta quarta-feira, 3, e levados para Tabatinga, serão levados para Brasília, a fim de ser feita a identificação do DNA de cada um dos mortos. Isso porque estão bastante mutilados e em estado de decomposição impedindo o reconhecimento por parte dos familiares.
As vítimas são o piloto da aeronave, Alexandre Félix Souza; duas grávidas, Marceleia Cruz dos Santos Marubo e Luciana Guedes do Carmo; a enfermeira Luzia Fernandes Pereira, e Marcelânia Souza da Silva, na condição de acompanhante e intérprete das grávidas.
A aeronave se chocou a uma grande velocidade com uma enorme árvore, uma samaumeira, causando a destruição total da aeronave. O filho da enfermeira Luzia Fernandes e a esposa do piloto aguardaram a chegada dos corpos no Instituto Médico Legal de Tabatinga, bem como o coordenador do Dsei/Atalaia do Norte (Vale do Javari), Heródoto Jecim de Sales. A aeronave desaparecida desde o final da tarde de sexta-feira, 29 de maio, quando fazia o transporte das grávidas da Aldeia Pentiaquinho no Alto rio Ituí, no município de Atalaia do Norte para Tabatinga foi detectada inicialmente no final da tarde desta terça-feira, 2 de junho, pela Força Aérea. Os corpos das vítimas estavam destroçados, bem como a aeronave. O acidente ocorreu nas imediações da cabeceira do Igarapé São João, próximo da cidade de Atalaia do Norte.
O trabalho de resgate dos corpos foi demorado. As condições do terreno que impediu o pouso do helicóptero da FAB, corpos bastante fragmentados e assim como a aeronave que caiu, dificultou o trabalho das equipes que demorou quase dez horas.
Segundo o médico legista de Tabatinga, Valderi Nobre de Mesquita, todos os cinco corpos foram trazidos em uma só bolsa. "As peças anatômicas estão muito fragmentadas. Impossível de os familiares reconhecerem", declarou.

DNA
Corpos foram resgatados na tarde desta quarta-feira e seguiram para Tabatinga (Foto: Reprodução/Rede Amazônica)
Foto: Rede Amazônica

Devido ao estado dos corpos muito mutilados, o filho da enfermeira Luzia Fernandes Pereira, Yuri Fernandes de Souza, Tenente da Polícia Militar do Mato Grosso do Sul, pediu que os corpos fossem submetidos a exame de DNA, sugestão acatada de comum acordo com policiais federais e militares envolvidos na operação. "Por isso não fizemos o exame de necrópsia", disse Valderi.
Segundo o legista, o temor é que sejam atribuídos membros e parte do corpo a uma outra vítima. Do aeroporto com a segurança reforçada por militares do 8o Batalhão de Infantaria de Selva, os despojos foram levados ao Instituto Médico Legal de Tabatinga, que funciona anexo ao Hospital de Guarnição, cuja rua de acesso foi interditada, onde também está o Hospital.
Equipes do 8o BIS foram deslocados ainda na madrugada desta quarta-feira para o local com objetivo de isolar a área. Hoje pela manhã, uma equipe do Sétimo Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos - Seripa VII, também seguirá para a área, a fim de realizar a perícia técnica.

CONDIÇÕES

As condições descritas do local do acidente indicam que o helicóptero da Moreto Táxi Aéreo se chocou a uma velocidade de 240 km por hora contra a samaumeira na hora da queda. Apesar do forte impacto, a aeronave não explodiu o que indica que estaria com pouco combustível. As equipes de resgate encontraram um pequeno vestígio de fogo em uma árvore.
Quanto aos passageiros, há suspeita de que não estavam usando cinto de segurança. O acidente ocorreu por volta das 18h17min, início do anoitecer na região.
A aeronave prestava serviço para o Distrito Sanitário Especial Indígena do Vale do Javari, transportando pacientes, profissionais de saúde e ações médicas e campanhas de vacinação aos mais de 5 mil índios de seis etnias que habitam a terra indígena do Vale do Javari, uma das maiores do Brasil.

Fonte: www.acritica.com.br

Por Rubem Tadeu - Presidente da AFAMA
rtcastroalves@bol.com.br

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