sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Brasil ainda possui mais de 13 milhões de pessoas que não sabem ler


Resultado de imagem para evolução da educação

MANAUS - A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios - Pnad realizada em 2014 e divulgada nesta sexta-feira, 13, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE mostra uma lenta evolução dos indicadores de educação. Há uma leve queda na taxa de analfabetismo, no número de analfabetos funcionais e uma melhora, nas pontas, no nível de instrução.
De acordo com o Pnad, que reúne os principais indicadores socioeconômicos do país, o Brasil tinha no momento da pesquisa 13,2 milhões de analfabetos (8,3%) acima dos 15 anos, frente aos 13,3 milhões (8,5%) estimados em 2013. O IBGE considera como alfabetizada a pessoa capaz de ler e escrever pelo menos um bilhete simples.
O Nordeste se destaca por apresentar uma taxa (16,6%) mais de três vezes maior que as das regiões Sul (4,4%) e Sudeste (4,6%), cerca de duas vezes e meia a do Centro-Oeste (6,5%), e um pouco menos do dobro da registrada no Norte (9%). O Nordeste concentra 54% dos analfabetos do país - o dobro do peso populacional da região, 27%, em relação ao Brasil, que totalizava 203,2 milhões de habitantes, segundo a Pnad.
A meta do Plano Nacional de Educação é o de erradicar o analfabetismo até 2020, mas nos últimos dez anos a redução da taxa foi de apenas 2,8 pontos percentuais - um terço do que ainda falta para zerar o índice.
No mesmo ritmo, lento e gradual, cai a taxa de analfabetismo funcional das pessoas com mais de 15 anos, que era de 18,1%, em 2013, e passou para 17,6% em 2014. Pelo IBGE, analfabeto funcional é quem tem menos de quatro anos de escolaridade.
No nível de instrução, a Pnad verificou que não houve mudança significativa, já que mais da metade da população de 25 anos de idade ou mais de idade ainda era formada por quem tinha Ensino Fundamental incompleto (32%) e Médio Completo (25,5%). Mas houve uma queda de pessoas sem instrução ou com menos de um ano de estudo, de 12,3% para 11,7%, e uma alta de pessoas com curso superior completo, de 12,6% para 13,1% - o que inclui Mestrado e Doutorado).
O número médio de anos de estudo também teve uma ligeira subida, de 7,6 para 7,7 - o que mostra que o brasileiro médio não completou o ciclo do Ensino Fundamental, que tem um total de nove anos.
O maior aumento na taxa de escolarização - que é a proporção de estudantes de um grupo etário em relação ao total de pessoas da mesma faixa de idade - deu-se no grupo de crianças de 4 a 5 anos. Era de 81,4% em 2013 e passou a 82,7%. A maior taxa de escolarização está na faixa de 6 a 14 anos, com 98,5%.
A pesquisa indica que a proporção do número de estudantes em escolas públicas caiu, enquanto a dos alunos em escolas privadas cresceu - o que mantém a tendência dos anos anteriores. O aumento de matrículas na rede pública por causa da crise econômica - que vem sendo relatado por governos estaduais e municipais - ainda não aparece no levantamento, cujo mês de referência é setembro do ano passado, quando o enfraquecimento da economia dava seus primeiros sinais.
Em 2014, 75,7% dos estudantes no país estavam matriculados na rede pública de ensino, um declínio em relação aos 76,9% do ano anterior. É uma tendencia que mostra o avanço da participação da rede privada, que cresceu de 20,7% em 2007 para os 24,3% do ano passado. A recessão econômica, porém, poderá representar um freio no ritmo de expansão, como ocorreu entre 2009 e 2011, depois da crise financeira mundial.

Fonte: www.bol.com.br

Por Rubem Tadeu - Presidente da AFAMA
rtcastroalves@bol.com.br

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