quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Uma das mais belas espécies de araras, a canindé, volta aos céus de Manaus

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MANAUS - Sem aparecer há pelo menos dez anos em Manaus, as araras-canidé - de cores azul, amarelo e preto - voltaram a ser vistas este ano na cidade. Há relatos de revoada dessa espécie em diversas áreas verdes da capital, dentre as quais a do Museu da Amazônia - Musa, no bairro Cidade de Deus, da Universidade Federal do Amazonas - UFAM e do conjunto Acariquara, no bairro Coroado, além do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA, no bairro Adrianópolis.
O veterinário Anselmo D´Affonseca contou que viu um casal de araras-canindé com um filhote na mata do INPA e há três semanas viu um bando com aproximadamente 42 passar pelos céus do Musa. De acordo com ele, que fotografou essa espécie de arara numa reserva do INPA, na BR-174 e em Balbina, no município de Presidente Figueiredo, nunca tinha visto essas araras em Manaus. "Foi uma surpresa porque pela primeira vez vi araras-canindé voando na cidade", afirmou.
Conforme o jardineiro Naldo Silva, 30, houve muita revoada de aararas-canidé na floresta do conjunto Acariquara. Ele relata que elas apareciam de manhã cedo e no final da tarde. Agora, elas continuam indo ao local, mas em menor quantidade. "Antes vinham mais e tanto araras vermelhas quanto azuis. Elas faziam muito barulho quando estavam comendo frutos dos açaizeiros e das azeitoneiras. Atualmente elas continuam aparecendo, mas em bando pequeno", disse.
A bióloga Aline Ramos dos Santos viu araras-canindé na área de proteção ambiental da UFAM. Ela disse que ficou surpresa com a quantidade de araras nessa época, tanto no conjunto Acariquara quanto na UFAM. "Elas estão muito presentes agora. Nunca vi tanta arara, com tanta frequência, como nos últimos dias! Além do ´ressurgimento´ das canindé, está tendo mais araras na área. Qual será o motivo?", questiona a bióloga.
De acordo com o pesquisador do INPA, Mário Cohn-Haft, as araras-canindé começaram a aparecer em grande quantidade em Manaus no mês de outubro de 2015. Ele disse que não dá para saber o que trouxe essa espécie, ausente há pelo menos dez anos. "Esse é um evento misterioso. Não está claro se o que estimula é a abundância de alimento onde aparecem ou a escassez em seu lugar de origem ou as duas coisas juntas", observou.


Fonte: www.acritica.com
Por Major PM Castro Alves - presidente da AFAMA
rtcastroalves@bol.com.br



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